Vociferar palavrões é uma escolha de quem fala, não de quem ouve!
Há um modismo linguístico em textos e expressões que precisamos ligar o já conhecido botão do “F***-se”, diante de celeumas irremediáveis da vida em toda sua extensão.
Então, gostaria de utilizar do eufemismo linguístico, para ao invés de citarmos o tal “botão”, utilizarmos a seguinte expressão: “Let it Be”.
Esta expressão em inglês foi popularizada pela famosa música dos Beatles. Ela pode ser interpretada como “deixe estar” ou “deixe como está”. Seu uso é muitas vezes associado a uma atitude de aceitação e de soltar o controle sobre as situações.
Em um mundo onde muitas vezes buscamos controlar cada aspecto de nossas vidas, é importante lembrar que nem tudo está sob o nosso comando. Há momentos em que precisamos ligar o botão do “Let it Be” e permitir que as coisas sigam seu curso natural.
A expressão “Let it Be” nos convida a aceitar o fluxo da vida e a soltar o controle sobre aquilo que não podemos mudar. É uma lembrança poderosa de que há situações e eventos que estão além do nosso poder de influência. Por mais que desejemos controlar tudo, precisamos reconhecer nossos limites.
Ao abraçar o “Let it Be”, abrimos espaço para a serenidade interior. Deixamos de lutar contra as correntes e nos permitimos fluir com elas. Não se trata de apatia ou resignação, mas de uma sabedoria que reconhece quando é hora de aceitar e quando é hora de agir.
Ao soltar o controle, libertamo-nos do peso da expectativa e da frustração. Percebemos que nem tudo precisa ser perfeito ou seguir nosso plano meticulosamente traçado. Muitas vezes, é nas brechas e imprevistos que encontramos oportunidades de crescimento e aprendizado.
Ao ligar o botão do “Let it Be”, também nos libertamos da opinião dos outros. A preocupação excessiva com o que os outros pensam ou esperam de nós pode nos aprisionar. Quando deixamos de nos importar com a opinião alheia, ganhamos a liberdade de ser autênticos e de viver de acordo com nossos valores e desejos mais genuínos.
No entanto, é importante ressaltar que o “Let it Be” não é sinônimo de passividade ou indiferença. Não devemos confundir aceitação com inação. Podemos continuar a buscar mudanças positivas e a agir de acordo com nossos princípios, mas sem nos apegar obsessivamente aos resultados.
Que possamos encontrar a coragem para aceitar e fluir com as circunstâncias, mantendo sempre o equilíbrio entre a busca por mudança e a aceitação daquilo que não podemos mudar.
Informações do Autor
Fernando Cesar Cardoso
Profissional de Treinamento & Desenvolvimento, com uma longa vivência em Educação Corporativa, atuou como executivo de Recursos Humanos e possui uma experiência adquirida em décadas de trabalho em empresas nacionais e multinacionais como: Petróleo Ipiranga, Sintofarma, Merrell Lepetit, Hoechst Marion Roussel, Aventis Pharma e Grupo Sanofi. Seu embasamento conceitual tem sido consolidado através de atualizações profissionais em cursos realizados em importantes instituições globais como: MIT Massachusetts Institute of Technology (Cambridge – EUA), The Oxford Group (Paris – França), ICM Inter Cultural Management (Nova York – EUA), CrowneFinch (Paris – França), Hay Group (Bridgewater – EUA) e HCI Education (Paris – França). Atuou como professor de Pós Gradução e MBA em “Gestão do Fator Humano”, “Planejamento de Recursos Humanos”, “Processos de Gestão de Pessoas”, “Recrutamento & Seleção”, “Gestão da Remuneração e do Reconhecimento” e “Liderança e Comportamento Organizacional” e “Vendas Estratégicas”. Adicionalmente completa seu perfil profissional como Gerente Executivo da Heutagus Educação Corporativa.
fernando.cardoso@heutagus.com.br
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Key Words
• Controle da Vida
• Estoicismo
• Expectativa
• Flow (Fluxo)
• Let it Be