Vocação & Carreira no Mundo Contemporâneo
A grande maioria das pessoas já ouviu dizer: “o que você quer ser quando crescer?”. Algumas, durante a infância se vestiam de médicos, outras queriam ser professores, policiais ou bombeiro, enfim as mais diversas profissões, afinal, todas são nobres quando voltadas para o bom desenvolvimento a serviço dos seres humanos.
Há pessoas que seguem, quando adultos, o seu sonho de criança, outras não têm uma visão tão clara devido as inúmeras circunstâncias e a dinâmica da vida.
Esse despertar da vocação e carreira nem sempre vem com o tempo ou nem sempre vem tão claramente. Assim, muitas vezes é preciso de ajuda para identificá-la, encontrá-la e vivenciá- la na sua plenitude… Há pessoas que encontram a sua vocação depois de adultos e se sentem plenamente realizados com o que fazem. E, há outras que sentem que há algo faltando, que algo precisa mudar para se sentirem bem, felizes e realizadas.
É preciso ter em mente que este processo, de reconhecer que há algo mais lá fora, não precisa ser sinal de fraqueza. e sim de evolução. E, algumas vezes, se faz necessário dar início ou dar continuidade a esse processo na busca da sua verdadeira vocação e desenvolvimento de carreira. E, como dizia Confúcio: “Trabalhe com o que você ama e nunca precisará trabalhar na vida”.
Entretanto, ultimamente está ficando cada vez mais desafiador escolher sua carreira. Segundo o futurista Jamais Cascio, vivíamos num mundo VUCA (Volatility, Uncertainty, Complexity e Ambiguity o que em português significa: Volatilidade, Incerteza, Complexidade e Ambiguidade), o que já era bem desafiador. Entretanto, de um mundo VUCA passamos para um mundo BANI, que em português significa Frágil, Ansioso, Não-linear e Incompreensível, tornando- se ainda mais desafiador. As consequências da pandemia reforçam essas características e essas tendências seja do mundo VUCA ou do mundo BANI, e com isso muitas profissões podem passar a não mais existir e outras podem ainda nem terem surgido.
E, obviamente esse cenário acompanha a escolha da profissão e a construção da carreira.
Aliado a esse ponto temos ainda um momento também diferenciado na história, onde praticamente 4 das 6 gerações estão atuando no mercado de trabalho.
Gerações essas que viveram em realidades sociais e momentos históricos bem diferentes. Além disso, a exigência dos resultados, volume de informações, nível de competição e habilidades passam a tomar proporções como nunca imaginadas.
O universo da diversidade e da inclusão existentes no mundo corporativo se alia a uma competência fundamental que é o controle emocional e resolução de problemas complexos. Gestão de Pessoas, empatia, inteligência emocional, bom senso e flexibilidade cognitiva, colocam as “soft skills” na liderança das competências exigidas pelo mercado de trabalho.
E, um dos conceitos emergidos nesse universo é o de “lifelong learning” (aprender sempre, ou seja, nunca é cedo ou tarde para aprender). Assim, passa a ser fundamental para estar antenado às tendências desse novo mundo para melhores e mais assertivas tomadas de decisões não só da sua profissão, como do seu meio de trabalho seja ele no mundo corporativo ou no mundo do empreendedorismo.
Afinal, como já dizia Peter Drucker, a gestão é uma mistura de ciência e arte, expor-se a contextos diferentes e principalmente atualização dos conhecimentos diante das mudanças.
A “performance” não se trata mais da quantidade de certificados estampados na parede, mas sobretudo na constante jornada de aprendizado com foco nas experiências, ou seja, o “lifelong learning”.
Desta forma, o mundo das startups, bem como os conceitos de trabalhabilidade, que é a capacidade que o indivíduo tem em gerar renda a partir das suas habilidades. E, da empregabilidade que é a capacidade do indivíduo se colocar e atuar no mundo corporativo, passam a mudar totalmente a dinâmica do mercado de trabalho, e mais do que nunca, faz-se necessário que o indivíduo se conheça, ou seja, autoconhecimento é fundamental para melhores escolhas baseadas em seu propósito e que o sustentará para um motivação e melhor “performance” na atuação das suas atividades profissionais, mas também o Heteroconhecimento que é conhecer o outro para saber lidar e resolver problemas complexos, gerenciar pessoas, administrar conflitos e enfim estar apto com as habilidades de soft skills e, claro estar sempre buscando tudo isso com criatividade, originalidade e iniciativa.
Será um grande desafio… e devemos estar preparados para recebê-lo. E como mencionado, diversos conceitos surgiram em uma tentativa de traduzir o que está em foco e ajudar a sociedade a acompanhar essas mudanças.
Desenvolver habilidades alinhadas às competências que o mercado necessita, permitirá impulsionar a colocação nesse desafiador mercado e destacar o nosso papel na sociedade.
Como já dizia Darwin:
“Não é o mais forte que sobrevive, nem o mais inteligente, mas o que melhor se adapta às mudanças” – Charles Darwin (1809-1882).
E para finalizar fica uma reflexão: muitas profissões podem até morrer, mas nós e nossas carreiras devem estar vivas e vitoriosas, pois, adaptar-se deixou de ser um diferencial para se tornar um requisito praticamente obrigatório.
Informações do Autor
Stella A. Purita Vessoni
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Diretora-Sócia Treinamento & Desenvolvimento Grupo Mulheres Fazendo Negócios e Consultora Comportamental & Sistêmica | Especialista em Vocação, Carreira & Liderança.
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Key Words
– Carreira
– Lifelong Learning
– Mundo BANI
– Mundo VUCA
– Soft Skills
– Vocação