O mercado começa a pensar como “startups”, com as características de agilidade e capacidade de inventar-reinventar ou pivotar, diversidade e inclusão, rapidez conforme demanda, mudança nas lojas físicas para formatos de venda digitais, demanda de treinamento e até mudanças da estratégia inicial.
As empresas exigem e buscam profissionais diferentes, mais adaptados as novas habilidades, competências, com adaptabilidade, resiliência, flexibilidade, autogerenciamento, gerenciamento do tempo, reaprendizagem, tomada de decisão rápida, habilidades digitais, comunicação, empatia ou seja, principalmente as “soft skills” que ganham ainda mais importância, diante das necessidades das empresas se adaptarem e precisarem cada vez mais investir em: infraestrutura, adaptações, menos viagens, mais reuniões, treinamento temas digitais e suporte e ou equilíbrio emocional para seus colaboradores.
E do lado das pessoas, as mesmas querem aumentar ainda mais suas redes de contato, menor tempo de deslocamento; aumento de interação nas redes sociais, e assim buscam profissões ou carreiras que possam adaptar-se ao seu propósito e qualidade de vida.
Nesse contexto, a carreira tradicional da vida corporativa passa por mudanças consideráveis, diante das gerações existentes e das que se aproximam.
A empregabilidade que é um termo mais usado ou mais direcionado para a vida corporativa e que tem por definição o conjunto de conhecimentos, tanto técnicos quanto comportamentais que são procurados pelo mercado de trabalho em um profissional, passa por mudanças diante das novas necessidades e exigências de atuação.
Ao mesmo tempo, entra em cena fortemente a trabalhabilidade que é a capacidade de adaptação e de geração de renda a partir de habilidades pessoais e que se refere à capacidade de gerar trabalho, mais além do que emprego a qual, aparece como uma alternativa ou complementariedade à empregabilidade – uma noção atrelada à capacidade de o profissional conseguir boas colocações ao longo da carreira, e direcionado para autônomos, startups, empreendedores, consultores.
Assim, os próximos anos prometem mudanças profundas e radicais nos empregos. Estudos apontando atividades que devem ganhar força nos próximos anos como cientistas de dados ou controladores de tráfego e drones, entre outros. E de profissões que ainda nem imaginamos que surgirão.
Além disso, contribuindo com esse cenário, existe uma crescente modificação do próprio modelo de trabalho, que atualmente se mesclam entre “home office”, presencial e híbridos, alterando a forma de gerir processos e pessoas.
Acredito que a melhor notícia é que sempre será preciso existir um ser humano, entretanto, esse ser humano deverá ter muito autoconhecimento e conhecer bem o outro para tirar proveito, saber atuar e interagir com as pessoas e suas gerações.
E, falando em gerações, ainda temos os conflitos existentes entre elas, afinal vieram de realidades sociais e momentos históricos diferentes (político, econômico, social entre outros), destacando-se entre eles dos conflitos os formatos de educação e hierarquia e o conhecimento e acesso à tecnologia.
O desafio da atual geração entrante no mercado de trabalho que são os nascidos entre 1995 e 2010 é que desejam fundamentalmente trabalhar com propósito, qualidade de vida e grande domínio e navegação nas redes sociais e na tecnologia a qual com seus avanços exponenciais, representados pela inteligência artificial e de automatização inteligente, têm gerado um desafio com relação a empregabilidade dos profissionais em várias áreas de negócios.
À medida que as tarefas que demandam “hard skills” (competências e habilidades mais técnicas e “duras”) vão sendo transferidas para processos, sistemas e automação, essas atividades passam paradoxalmente a exigir dos profissionais cada vez mais competências “soft skills” (competências e habilidades emocionais e “suaves”). E aí encontramos uma grande oportunidade, pois os modelos de educação e formação de profissionais foram inspirados em formatos mais mecanicistas e técnicos.
Daí a importância dos profissionais desenvolverem bem essas competências e habilidades emocionais que o mercado está necessitando e precisará cada vez mais, entre elas: criatividade, inovação, empreendedorismo e pensamento crítico.
Assim, existe uma corrida para adquirir talentos e profissionais preparados para esse grande desafio, desafio esse que passa tanto pelas áreas de Recursos Humanos, o treinamento e a capacitação dos profissionais, a estruturação organizacional e das carreiras, dos modelos de gestão de pessoas, entre outros; até mesmo pelo setor de educação, pois o mesmo teria como necessidade a atualização dos respectivos sistemas de ensino na formação de profissionais. Afinal, está claro que desde a formação escolar até as entrevistas em empresas, a educação e o mercado de trabalho têm dado sinais dessa necessidade latente.
E como disse o psicólogo suíço Jean Piaget:
“O ideal da educação é aprender a aprender”.
Frase essa totalmente pertinente a realidade que estamos vivendo, de uma necessidade crescente e cada vez maior de qualificação e habilidades comportamentais para se encaixarem às culturas organizacionais e na busca por profissionais talentosos que tenham habilidade de repensarem e reaprenderem, de saberem lidar com a tecnologia de forma Inteligente na otimização de processos e vantajosa ao seu trabalho e de terem uma mentalidade de desenvolvimento e crescimento, reforçadas pela mudança de “mindset” como competência mais desafiadoras em aprimorar como: garra, perseverança, resiliência e acima de tudo compaixão com eles mesmos. E, muito AUTOCONHECIMENTO E HETEROCONHECIMENTO.
Informações do Autor
Stella A. Purita Vessoni
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Diretora-Sócia Treinamento & Desenvolvimento Grupo Mulheres Fazendo Negócios e Consultora Comportamental & Sistêmica | Especialista em Vocação, Carreira & Liderança.
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Key Words
– Carreira
– Empregabilidade
– Hard Skills
– Soft Skills
– Vocação